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  • Foto do escritorSandra Cóias

FAMÍLIA MULTIESPÉCIE, TER OU NÃO TER?

Os animais, são seres fantásticos que tanto têm para nos ensinar. Mas a responsabilidade também é grande, é uma vida que depende de nós. Ter animais na nossa vida é uma decisão que deve ser tomada com grande consciência.


Dois cães um castanho e outro bege
Castanhinho e Sombrinha ambos encontrados abandonados.

Desde pequena que estou em contacto com animais e, a realidade é que sempre senti uma enorme proximidade, curiosidade e amor em relação a todos os animais.

Todos aqueles que fizeram e fazem parte da minha vida são parte da família e tratados e cuidados como tal, pois só assim faz sentido!

É nosso dever, cuidar e proteger todos os magníficos seres que connosco partilham este grandioso planeta. A isso chamo, humanidade.

E que tanta falta faz nos dias de hoje...evoluímos a tantos níveis mas a nossa sensibilidade e emoções não acompanharam essa evolução. Infelizmente!

Ainda assistimos a tanta violência e maus tratos para com os animais, algo que é inadmissível, pois já sabemos mais e melhor e mesmo assim, pouco tem mudado.


Ter animais na família significa que lhes garantimos amor, atenção, a melhor alimentação e cuidados com a sua saúde, como seria dado a qualquer outro membro da família.

Nunca vivi sem ter animais por perto, sempre tive uma família multiespécie e sinceramente não conseguiria viver de outra forma!

A sua simples existência, as suas brincadeiras, a dedicação, a companhia e o amor incondicional que nos dão são incomparáveis e ter o privilégio de poder desfrutar da sua companhia é algo extraordinário, que só quem realmente os conhece, lhes dedica atenção, amor e tempo poderá alguma vez sentir.


Ter animais na família significa que lhes garantimos amor, atenção, a melhor alimentação e cuidados com a sua saúde, como seria dado a qualquer outro membro da família.

Os cuidados são os mesmos para todos e a atenção também. Devemos estar atentos às suas necessidades e distrações, sejam cuidados veterinários, brincadeiras ou outras actividades.



Por eles, voltamos para casa mais cedo para não os deixarmos sozinhos, deixamos de ir a certos eventos quando estão doentes para que tenham todos os cuidados, por eles fazemos tudo!

Quem os tem, sabe do que estou a falar.

Mas é claro, que nem todos têm que gostar de animais, mas todos os devem respeitar, podem não os ter, não querer ajudar mas não têm o direito de os maltratar, de os levar para casa como prenda ou brinquedo para depois os devolverem ou pior, os abandonar.


Se existe algo que não tolero são os maus tratos de que os animais são alvo. Por vezes pergunto-me onde está a compaixão, a nossa humanidade?

Como é possível permitirmos ainda, nos dias de hoje, tanto sofrimento a estes seres?


Abandonar um animal, seja por que motivo for é um acto de enorme crueldade, considerado crime nos dias de hoje.

Ao fim de quase 40 anos na luta pela defesa e direito dos animais assisti a algumas mudanças, mas poucas, infelizmente, pois muitos ainda vêem e tratam os animais como meros objectos!

Os animais não são coisas, ou objectos que se oferecem como prenda, não se adoptam hoje para devolver amanhã quando surgem problemas ou dificuldades. Existem sempre associações, juntas de freguesia que podem ajudar na questão da alimentação, caso existe alguma dificuldade.

Abandonar um animal, seja por que motivo for é um acto de enorme crueldade, considerado crime nos dias de hoje. Quem abandona um animal, quem maltrata um animal, não presta, ponto final.

Por isso, para quem está a ponderar adoptar um animal lembre-se que uma adopção deve ser pensada, repensada e bem ponderada tendo em conta todas as necessidades e capacidades da pessoa ou da família.

Em primeiro lugar temos que pensar seriamente se temos tempo disponível para cuidar devidamente do cão ou gato e se temos vontade de assumir a responsabilidade de cuidar deste animal durante toda a sua vida.

Um animal, infelizmente para quem os ama, vivem menos do que gostaríamos, mas dependendo de vários factores, podem estar connosco até 20 ou mais anos, apesar da média andar à volta dos 12/15 anos, dependendo das espécies e tamanho.


Para além do tempo, o factor económico também pesa na hora da adopção, na questão da alimentação, que deve ser a melhor, tendo em consideração que o que se poupa ao comprar uma mais barata hoje, gastará amanhã nas idas ao veterinário.

As idas ao veterinário, englobam para além da vacinação, o chip, a desparasitação interna e externa, a esterilização - cada vez mais importante nos dias de hoje - e as visitas periódicas caso algo aconteça.

É fundamental, ter atenção às rações secas, algumas são tão más, aquelas de marcas brancas (de supermercado) que provocam para além de falta de nutrientes importantes - que se reflete no brilho do pêlo - problemas renais entre outros!


BÁSICOS QUE UM ANIMAL PRECISA

  • Deve ter uma cama, confortável e mantas

  • Ter conhecimento dos alimentos que os animais podem e não podem comer

  • Boa ração seca e húmida, mimos (biscoitos), catnip (gatos) e erva para gatos e cães

  • Pratos para água e comida, ajustados à sua altura (especialmente cães)

  • Caixa de areia (para gatos) evitar a areia que tenha pó e também as perfumadas

  • Arranhador (para gato)

  • Trela peitoral (para cão) é melhor por uma questão de segurança

  • Escova para o pêlo e corta unhas, quer seja cão ou gato

  • Brinquedos, quanto mais naturais os materiais melhor

  • Transportadora para as idas ao veterinário/viagens


A adopção de um animal, nem falo aqui na hipótese de compra, pois sou totalmente contra a compra e venda de animais, requer tanto um esforço pessoal a nível de tempo como económico, como já referi.

É também importante saber se alguém tem alergias na família, o mais fácil é visitar amigos que tenham animais e logo vão perceber se são ou não alérgicos. Conheço pessoas com alergias, que tomam anti-histamínicos para diminuir os efeitos e após algum tempo em contacto com cães e gatos deixam de ser alérgicos.

Para além da questão das alergias, é importante relembrar que os animais, tal como nós perdemos cabelo, eles também largam pêlo e por vezes bastante, especialmente nos meses que antecedem o verão e no verão também!

É importante também pensar na altura das férias, se leva consigo o/os seus animais, se tem um familiar ou amigo que tome conta deles nessa altura, pois é no verão e logo a seguir ao Natal que se registam o maior número de abandonos e devoluções às associações.


Se é daquelas pessoas que não gosta de ver pêlos no chão ou na roupa, algo quase impossível de evitar para quem os tem, ou se é picuínhas em relação a umas dentadas ou arranhadelas aqui ou ali, especialmente se forem animais bebés, que parta ou estrague alguns objectos em casa, pois acidentes acontecem....o melhor, é escolher um peluche ou um animal de porcelana!


A grande maioria das pessoas prefere adoptar animais bebés e esquecem-se daqueles com mais idade e que adoravam ter uma família, uma casa e amor até ao final dos seus dias.

Um animal bebé (gato ou cão), é especialmente curioso, gosta de descobrir, experimentar, de saltar e pular, como qualquer criança. Se for bebé, pode ladrar ou miar nos primeiros tempos por estar sem a sua mãe e irmãos, algo a que deve ter em conta, pois requerem mais atenção nesta fase.

O melhor é sempre ter dois animais para que possam fazer companhia um ao outro, mesmo que de espécies diferentes, pois é muito triste não ter outros amigos e passar horas sozinho. Geralmente, os gatos sozinhos podem ter tendência para engordarem, se não forem estimulados para brincar e passarem demasiado tempo sós.


A grande maioria das pessoas ainda prefere adoptar animais bebés, esquecem-se daqueles com mais idade e que adoravam ter uma família, uma casa e amor até ao final dos seus dias.

Pondere também essa hipótese, ficar-lhe-ão gratos para sempre!


Se depois de ponderar bem todas estas questões e, se todos os membros da família estiverem de acordo com a adopção de um ou mais animais, é importante que todos estejam dispostos a repartir as tarefas, seja com as brincadeiras, cuidados de higiene, passeios, etc...

Procure uma associação de animais e encontre um ou mais animais para fazerem parte da sua família, existem milhares de animais que nunca tiveram uma casa e que aguardam uma família que os acarinhe para o resto da sua vida, fazendo-os esquecer as atrocidades pelas quais passaram.


Se não for para ficar com um animal até ao final dos seus dias, se não tiver disposto a passar por todas estas e outras situações, não adopte! Pode sempre contribuir para apadrinhar um animal numa associação ou ser voluntário no seu tempo livre.













foto de perfil da Sandra Cóias

 

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