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  • Foto do escritorSandra Cóias

ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL - É POSSÍVEL?

Possível e mais fácil do que possa imaginar. Quando escolhemos mudar os nossos hábitos e aderir a uma alimentação sustentável, além de fazermos melhores escolhas alimentares, preservamos o planeta e fortalecemos o desenvolvimento económico local.


Cebola, abóbora, uvas, pimento, courgette, na horta.
Consumir alimentos da época e sustentáveis ​​é cada vez mais importante.

São cada vez mais aqueles que estão conscientes de que, quando se trata de alimentos, o que é bom para o meio ambiente também é bom para nós.

Na actual crise climática, cultivar e consumir alimentos de forma sustentável ​​é extremamente importante.

A pandemia da Covid-19 colocou a agricultura em todo o mundo sob pressão e, a guerra na Ucrânia desestabilizou ainda mais os já frágeis mercados agrícolas.

Para além disso, as ameaças à segurança alimentar e nutricional decorrentes das mudanças climáticas - com as secas, inundações e ondas de calor, bem como o aumento do nível do mar - devem crescer devido ao aquecimento global, afetando especialmente as regiões mais vulneráveis.


É fundamental que haja um maior esforço do Estado para melhorar a literacia alimentar da população, que as pessoas percebam a importância do impacto que as suas escolhas alimentares têm na sua saúde, na sociedade e no ambiente.

Não apenas do que comemos mas também do que não comemos!

Se escolhermos um refrigerante com sabor a maçã em vez de uma maçã, optamos por não consumir as vitaminas, antioxidantes e fibras que a fruta nos daria.

Certos produtos alimentares, especialmente alguns ultraprocessados estão a provocar não só obesidade como doenças, para além do impacto nas alterações climáticas.

Aumentar a consciencialização é fundamental e aumentar a proximidade entre os produtores e consumidores também ajuda ao consumo dos produtos locais e contribui para a biodiversidade regional na criação de pratos saborosos e nutritivos.


É importante percebermos como podemos mudar o mundo através da forma como nos alimentamos, que é possível produzir e consumir localmente sem a necessidade de pesticidas ou outros produtos químicos, ao mesmo tempo que reduzimos as nossas emissões.


MAS COMO PODEMOS TORNAR A NOSSA ALIMENTAÇÃO MAIS SUSTENTÁVEL?


Podemos reduzir o nosso impacto fazendo pequenas alterações nas escolhas alimentares e que sejam também ambientalmente conscientes, ajudando a melhorar a nossa qualidade de vida.


COMPRAS


Quando for às compras leve os seus sacos reutilizáveis, para as compras, para as frutas, vegetais e o que puder comprar a granel. Evite as embalagens!

Não compre garrafas de água de plástico, escolha alternativas de maior qualidade e mais adequadas do ponto de vista ambiental (filtros, jarros, sistemas de purificação de água).

Escolha alimentos da época, são mais baratos e melhores para a sua saúde.

Visite um mercado local e compre directamente aos agricultores.

Se for a um supermercado, verifique o país de origem no rótulo, compre o que é nacional, toque apenas no que for levar, "apalpar" fruta pois estraga-se com mais facilidade.

Pode também encomendar frutas e legumes online a um produtor que faça entregas na sua área de residência, produtos biológicos e da época.

Se a procura de produtos locais aumentar, os agricultores poderão concentrar-se em culturas sazonais mais adequadas ao local.


USE AS MÃOS


Consuma mais alimentos que a terra nos dá, evitando as embalagens e desperdícios.

Já pensou cultivar os seus próprios produtos? Os tomates cereja, assim como os morangos, as alfaces e as ervas aromáticas crescem bem em vasos em varandas ensolaradas.

Basta pesquisar um pouco para descobrir qual a estação do ano mais indicada para plantar o que deseja e começar a cultivar alguns alimentos. Aqui, no blog, vou deixando algumas dicas do que plantar e quando e o que pode ser semeado ou plantado em vasos.


CONHEÇA OS CEREAIS


Nem todas as culturas são iguais no que diz respeito ao impacto ambiental. O cultivo de arroz por exemplo, liberta muito metano – um potente gás com efeito estufa.

O cultivo global de arroz pode ter o mesmo efeito prejudicial sobre o aquecimento global, a curto prazo, que 1.200 centrais a carvão de média dimensão, segundo o grupo ambientalista Environmental Defense Fund.

Por que não comprar quinoa nacional, que é rica em proteínas, ferro e outros minerais e vitaminas? Leguminosas como feijão e a lentilha não são apenas saborosas e saciantes, mas também capturam o nitrogénio do ar e armazenam-no no solo, tornando-o mais fértil e reduzindo a necessidade de fertilizantes.

Ou poderá escolher pão feito de cevada ou sorgo, que são especialmente resistentes à seca e requerem menos água e manutenção do que o trigo tradicional.


DÊ UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE ÀS SOBRAS


Involuntariamente, a grande maioria deita fora partes dos vegetais que são comestíveis e que podem ser utilizadas. As cascas de cebola, da cenoura e outros talos de vegetais podem ser usados para fazer caldo de vegetais. As folhas da beterraba são deliciosas salteadas em azeite ou podem ser usadas para fazer um delicioso pesto.

Antes de deitar fora as sobras, pesquise um pouco para saber se elas podem realmente ser comestíveis.


TENHA ATENÇÃO AOS PRAZOS


Para evitar o desperdício de alimentos, tenha atenção ao prazo de validade.

Coloque na frente do armário ou do frigorífico, mais à vista, os alimentos cujo prazo de validade está perto do fim, para que sejam consumidos primeiro. No supermercado, existem produtos mais baratos cujos prazos de validade se aproximam do fim, aproveite-os e evite que esses produtos sejam desperdiçados. Tenha atenção à diferença entre:


Consumir até – indica a data limite de um produto e até quando deve ser consumido.

Consumir de preferência antes de – a data indica de durabilidade mínima identifica por Dia/Mês/Ano. É também a data até à qual o alimento conserva as suas propriedades.

Mas o produto pode ser consumido desde que as regras de conservação sejam respeitadas.

Consumir de preferência antes do fim de – a data indicativa de durabilidade mínima identificada apenas por mês/ano. Não quer dizer que esteja estragado, muitos produtos, desde que as regras de conservação sejam respeitadas, podem ser consumidos depois da data.


TROQUE A CARNE PELOS VEGETAIS


Se não pretender adoptar uma alimentação vegetariana ou vegana, pelo menos reduza o consumo de carne e peixe, e consuma proteína vegetal algumas vezes por semana, o que já ajuda a reduzir o impacto.

A carne, especialmente a carne bovina, contribui e muito para as alterações climáticas, para além dos animais emitirem grandes quantidades de gás metano com efeito estufa, muitas das florestas são destruídas para criar pastagem e cultivo para a alimentação animal.


O QUE PODE FAZER A SEGUIR...


Quando fizermos as nossas compras, devemos ter em consideração a forma como esses alimentos são produzidos, onde são produzidos e seus impactos no meio-ambiente, na sua saúde, na economia e na sociedade.

Evite comprar grandes quantidades, fazer uma lista e planear refeições ajuda a evitar o desperdício alimentar. Não encha o prato, é melhor servir-se outra vez sem ter que deitar comida para o lixo!

Seja criativo e procure receitas que utilizam cascas de frutas, talos de hortaliças etc.

Não lhe digo para se tornar vegetariano ou vegano de um dia para o outro, mas que pense no que come e de onde vem o que come...é importante não apenas para a sua saúde, mas para o planeta como um todo.

Não precisamos de mudar tudo de imediato, mas qualquer acção que fizer já é uma grande contribuição para o caminho da sustentabilidade.


Repense suas escolhas, faça escolhas conscientes! A favor de todos.


foto de perfil da Sandra Cóias

 

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