No mundo dos cosméticos, existem inúmeras opções, mas é importante conhecer as grandes diferenças entre eles.
Quando compro um produto cosmético nunca o faço sem ler o rótulo e verificar os símbolos, pois para mim é importante saber que substâncias contém.
Aplico esta regra para tudo o que compro e, em caso de dúvida faço sempre uma pesquisa no telemóvel e nunca compro nada por comprar é sempre um acto pensado tendo a certeza de que está de acordo com a minha forma de estar na vida.
Já sabemos que os cosméticos possuem importantes benefícios, não só funcionais, mas também emocionais, ao melhorarem a qualidade de vida de quem os adquire e utiliza.
Ao longo da história da Humanidade, existem referências a produtos cosméticos, em que tanto homens como mulheres utilizavam tintas para embelezarem os olhos e o corpo e óleos perfumados para limpar a pele e mascarar o odor corporal.
Os produtos cosméticos, são produzidos há milhares de anos, a partir de uma vasta gama de substâncias, desde plantas, animais e minerais.
Na Grécia Antiga, por exemplo, usavam-se óleos para o banho e outros produtos de embelezamento, mas muitas mulheres sofriam de envenenamento por chumbo pois usavam máscaras faciais que continham esse metal. Na Roma Antiga fabricavam-se pós para tornar a pele mais clara, carvão para delinear os olhos e produtos abrasivos para clarear os dentes.
Os óleos consumidos eram produtos naturais, como os que se obtinham do azeite os perfumes, usados tanto por mulheres como por homens, extraíam-se de flores ou especiarias.
As civilizações orientais também faziam amplo uso dos cosméticos, bem como os povos indígenas da América e de África.
Outras marcas, numa prática que se chama Greenlabelling, alegam vender um produto verde ou sustentável sem qualquer prova científica disso.
No séc. XX massificou-se a produção e o uso de cosméticos, sobretudo graças ao aperfeiçoamento das embalagens e à promoção publicitária desses produtos.
E é aqui que eu queria chegar, pois a questão do marketing continua a ser muito forte e por vezes, aproveitando as lacunas na lei muitas marcas continuam a dizer que são "cruelty free" não o são a 100%, pois os testes em animais continuam a ser mais baratos.
Outras marcas, numa prática que se chama Greenlabelling, alegam vender um produto verde ou sustentável sem qualquer prova científica. Isso acontece a partir da adição de plantas ou flores nas embalagens, usando tons de verde ou palavras enganosas nas embalagens, levando os consumidores a pensarem que elas estão devidamente credenciadas.
É cada vez mais importante saber que produtos estamos a comprar e a colocar em contacto com a nossa pele e para isso a informação é fundamental.
O que parece ser fácil, pode muitas vezes ser confuso, pois cada uma destas categorias pode ter símbolos variáveis, muitas vezes dependendo de onde pediu a certificação e podem mudar de país para país.
Fique a conhecer as diferenças entre os cosméticos cruelty-free, veganos, naturais e orgânicos e a sua simbologia:
CRUELTY FREE
significa “livre de crueldade”, ou seja, não é testado em animais. Porém, um produto cruelty free não é necessariamente vegano, pois mesmo não sendo testado em animais, ainda pode conter produtos de origem animal na sua composição.
Em 2013, a União Europeia baniu os testes cosméticos em animais. Mas infelizmente, por existirem ainda muitas lacunas na lei, bem como políticas locais fora da União Europeia, muitas marcas que se dizem cruelty free, na verdade, não o são a 100%.
Muitas das marcas que querem vender na China (um dos mercados mais poderosos da cosmética), têm que de se submeter às leis chinesas.
Assim sendo, podem não fazer testes em animais na Europa, mas têm de cumprir a legislação chinesa que exige estes testes. Assim, os testes não são tecnicamente conduzidos pelas marcas — porque são feitos em laboratórios chineses onde, todos os anos, mais de 300 mil animais são usados em testes — mas as companhias autorizam-nos e pagam-nos para poderem vender.
É o caso, segundo a Peta, de muitas marcas populares como Caudalie, Cover Girl, MAC, Maybelline, Pantene, Dove, L’Oréal, Estée Lauder, Lancôme, Kiehl’s, Clarins e muitas outras.
É possível que, nos sites das marcas, venha a informação de que são cruelty free, mas, normalmente, em baixo vem sempre a ressalva de que têm de cumprir as leis locais quando exigidas. Isto significa basicamente, e traduzindo de forma prática, que fazem ou permitem testes em animais na China.
Aqui pode ficar a conhecer as marcas que ainda permitem testes em animais:
COSMÉTICOS VEGANOS
são produtos que não possuem nenhum componente de origem animal na sua fórmula e não são testados em animais. Ou seja, ingredientes como mel, colágeno natural que se retira da pele e das cartilagens de animais, lanolina, extraída da lã do carneiro, leite, cera de abelha, entre outros não fazem parte dos cosméticos veganos.
Optar hoje por um produto vegano é pensar principalmente no bem-estar dos animais.
Muitas vezes pensa-se que os cosméticos veganos são mais caros, mas não é por serem veganos, mas sim por terem uma qualidade superior. O que aumenta o valor do produto é sua composição diferenciada, além do modo de produção ser sustentável que o coloca em um nível distinto dos que são produzidos em larga escala.
COSMÉTICOS NATURAIS
esses produtos são feitos a partir de matérias-primas naturais que, de maneira geral, não causam danos à saúde de quem os utiliza nem ao meio ambiente.
Para que um cosmético seja considerado natural, ele deve ser cruelty free. Porém, nem todos os produtos naturais são necessariamente veganos.
COSMÉTICOS ORGÂNICOS
feitos de componentes naturais, mas com um critério mais rigoroso do que os produtos naturais.
É primordial que os ingredientes sejam produzidos em regime orgânico, ou seja, tudo o que é utilizado na sua fórmula do produto e não possui agrotóxicos nem qualquer tipo de químico sintético.
Adubos utilizados no cultivo são sempre naturais e a rotação de culturas e a saúde dos solos são respeitadas.
Assim, o impacto causado no meio ambiente é muito menor, resultando em ingredientes de melhor qualidade. Como resultado, é normal que com os cosméticos orgânicos se obtenham melhores resultados, especialmente para aqueles que possuem alergias na pele ou no couro cabeludo.
Assim como os cosméticos naturais, os produtos de beleza orgânicos têm que ser cruelty free, mas nem sempre são veganos.
A procura por cosméticos limpos, que não agridam a saúde ou a natureza, é um caminho sem volta. Espero que se ainda não se preocupa com esta questão, comece daqui para a frente a tomar mais atenção, por si, pelos animais e pelo planeta.