Ao contrário do que muitos pensam, os peixes são bem complexos - uns sabem usar ferramentas, contar, alguns são pais extremosos, têm personalidade e reconhecimento individual e são capazes de resolver problemas.
A grande maioria das pessoas raramente pensa nos peixes, a não ser que seja para comer e, apesar de muitas terem peixes como animais de estimação, dentro de um aquário, estes raramente têm a oportunidade de expressar o seu comportamento natural.
Os peixes vivem num ambiente que não compreendemos bem e que raramente visitamos, poucos vêem os peixes no seu habitat natural e isso tem implicações no que respeita às nossas atitudes em relação a eles.
O que contrasta com a ligação que temos com os cães, gatos e cavalos que vivem próximos de nós e com quem há séculos partilhamos de perto as nossas vidas.
As baleias, golfinhos e focas, embora vivam no mesmo meio aquático que os peixes, são mamíferos e, parece muito mais fácil gostarmos deles.
Em geral, os peixes são inteligentes e têm muitas das mesmas capacidades avançadas dos mamíferos.
Mas como os peixes são tão diferentes dos humanos em comparação com os mamíferos, muitos têm dificuldade em ter empatia.
Não podemos ouvi-los vocalizar e, não lhes reconhecemos expressões faciais que acionem a empatia por eles. Ao contrário do que muitos pensam, os peixes são seres sensíveis com sistemas nervosos altamente desenvolvidos.
Para além disso, têm memórias mais longas do que se pensava (de meses em vez de segundos), capacidade de aprender, transmitindo o seu conhecimento a outros membros da espécie.
Em geral, os peixes são inteligentes e têm muitas das mesmas capacidades avançadas dos mamíferos.
Uns sabem usar ferramentas, contar, alguns são pais extremosos, têm personalidade e reconhecimento individual, capazes de resolver problemas e são mais complexos do que as pessoas imaginam.
Um estudo australiano, concluiu também quando um peixe é confinado, perseguido ou ameaçado reage ao stress/perigo da mesma forma que os humanos, com uma explosão de adrenalina e com respiração e batimentos cardíacos acelerados. Como nós ou qualquer outro animal, os peixes também sentem dor e desejam preservar a sua vida.
Durante demasiados anos, peixes e outros animais aquáticos foram esquecidos na discussão sobre os direitos dos animais, por pensarem que eles não eram igualmente inteligentes e sensíveis. Apesar de ainda hoje continuarem a ter uma vida horrível em aquicultura ou a sofrer uma morte dolorosa ao serem esfolados e cortados vivos ainda conscientes, atirados para um qualquer canto para morrerem sufocados fora da água, felizmente, já são muitos os que os conseguem ver, como seres sensíveis que são.
Apenas porque não se parecem connosco, não vivem no mesmo ambiente ou não percebem os estímulos da mesma maneira que nós, não quer dizer que não devem ser protegidos.
Muito tem mudado nos últimos anos e continuará certamente a mudar.
PS - Se tem ou souber de alguém que tenha peixes em pequenos aquários redondos, não imagina a tortura que é para o animal. Está provado que ter peixes em aquários redondos deixa os peixes loucos e provoca a sua morte. Em vários países, foi já proibida a sua venda.
Os aquários devem ser retangulares, com filtragem e oxigenação. Para além disso, são animais sociáveis e necessitam da companhia de outros peixes, de um espaço amplo, com vegetação própria, locais para se esconderem da luz, água limpa e alimentação adequada.