Se pensarmos que os seres humanos têm “apenas” 44 expressões faciais diferentes e os cães 27, 276 é um número bastante alto. Muitos pensavam que os cães eram mais expressivos que os gatos, mas quem os conhece bem sabe que isso não é verdade!
Desde que me lembro de existir, sempre tive gatos em casa, e todos eles sempre foram e são extremamente dóceis e comunicativos, não só entre eles mas também comigo.
Muitos ainda continuam a achar que os gatos são pouco afáveis, consideram-nos anti-sociais e muito independentes, mas ao longo destes anos tenho observado o contrário.
Para além de extremamente carinhosos, mesmo aqueles que salvei por estarem doentes ou em situações de perigo, se na rua era impossível o contacto, após estarem em casa uns meses, sem qualquer pressão para me aproximar deles, são eles que se aproximam, que pedem mimo e até pedem para serem escovados.
Ao sentirem a confiança, segurança e depois de saberem o que é o conforto de uma casa e sentirem que são amados, não querem outra coisa.
Quem tem gatos sabe o quanto eles são expressivos, curiosos, aventureiros e conseguem sempre o que querem de tão insistentes e persistentes que são.
Desconhecia que este estudo sobre a comunicação entre eles ainda não tinha sido feito, estudos anteriores apenas se concentraram na interação entre gatos e humanos. Ainda muito temos saber e aprender com estes maravilhosos seres.
Por isso, partilho convosco a notícia deste estudo feito entre agosto de 2021 e junho de 2022, pela médica Lauren Scott e a psicóloga Brittany Florkiewicz, que passaram 150 horas no CatCafé Lounge em Los Angeles, a observar… gatos.
As investigadoras constataram que os gatos fizeram, pelo menos, 276 expressões faciais diferentes, excluindo as expressões que não tinham intenção comunicativa, como mastigar, bocejar, respirar etc.
As tabelas de resultados tiveram em consideração os lábios, a dilatação das pupilas, posição das pálpebras e bigodes, o grau de contração dos músculos das orelhas etc.
Descobriram que 45% das expressões eram amigáveis, 37% eram agressivas, e 18% não se enquadravam em nenhuma das categorias, sendo o próximo passo descobrir mais especificamente a função de cada uma delas.
Se quiser saber mais, pode ler o artigo científico aqui.